Aqui está o vídeo que durante a última semana foi recolhido e editado. Utilizaram-se as caixas de texto para cobrir as caras, visto que estas durante a manifestação estavam descobertas e porque sabemos como funciona o aparelho repressivo.
Não disparámos armas de fogo, não fomos em formação “bloco-negro”, não causamos distúrbios, não partimos vidros, não destruímos carros… nem nenhum dos outros delírios. Houve sim fogos de artifício e frases pintadas pelo caminho.
No final do vídeo é óbvio, pela posição da câmara, que a polícia adoptou uma postura ofensiva para acabar violentamente com uma manifestação que já tinha acabado. É criada uma ratoeira para a qual somos atraídos e a partir daqui a polícia agrediu todos os que encontrou pela frente.
Ao serem posicionados agentes da polícia numa parte do Largo e depois de ser feita a comunicação, no momento em que chega a carrinha da BIR pode então começar o ataque planeado contra os que permaneciam por ali.
Durante a parte em que a câmara corre na direcção da carrinha da BIR já decorria a agressão por parte da polícia (que se pode ver entre dois carros a espancar manifestantes que estão no chão) e ouvem-se os primeiros disparos para afastar os manifestantes que só nesta altura se insurgem contra a atitude policial, não a sua presença!
Faltam-nos imagens desse ângulo e convidamos aqueles que eventualmente as terão a contribuir para o arquivo que se criou para cobrir as consequências desta manifestação.
O que se segue é muito incompleto, as repetidas cargas, os disparos, os abusos, as humilhações, os espancamentos e as caçadas da polícia que levaram muitos dos manifestantes a corridas contínuas até ao outro lado da cidade não estão filmadas.
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