Igreja de St George, Rua de S. Jorge 6 à Estrela. Lisboa
DIA 30 de Abril | 21h | Mariana Vieira | Nu No | Tiago Sousa | Violeta [instalação]
DIA 01 DE MAIO | 19h | Mariana Vieira | Dwart | David Maranha & Rodrigo Amado | VGO – Variable Geometry Orchestra | Violeta [instalação]
‘Entre a melancolia e este ‘tu’, havia um mundo imaginário.’ – Kierkegard
Partir de um elemento comum – o órgão da Igreja dos Ingleses. Uma ideia inicial do Tiago Sousa. Através de diferentes relações e com contributos de uns quantos conhecedores chegou-se à formulação que se apresenta.
Dois dias. Nunca escolhidos ao acaso. Dois dias nada celebratórios. Dois dias sem pretensão. Não há vislumbre ou contributo para qualquer ideia de transformação. Lutamos. As dúvidas são muitas. As certezas nenhumas. Retirar a propensão natural para a altivez. Aproximarmo-nos do quotidiano. O que fazemos todos os dias: pensar – lutar – pensar –lutar – pensar –lutar. Quem sabe para o que Vergílio Ferreira escreveu um dia – ‘A hora derradeira do silêncio’.
Noutro campo de felicidade se tal acontecesse.
MARIANA VIEIRA | Completou a licenciatura em composição e o mestrado em ensino de música na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), sob orientação de Jaime Reis.
O seu catálogo inclui música acusmática, mista e instrumental, para formações de música de câmara, ensemble, orquestra e a solo, bem como obras didácticas, que tem sido apresentada em diversos festivais nacionais e europeus.
Além da sua produção composicional, interessa-se por desenvolver projectos artísticos que combinem música, educação e tecnologia, trabalho que concretiza enquanto membro da equipa do Projecto DME, do espaço Lisboa Incomum e da associação EMSCAN.
Atualmente, encontra-se a frequentar o Doutoramento em Artes Performativas e Imagem em Movimento (especialização em Composição) na FBAUL (Universidade de Lisboa), em colaboração com o IPL/ESML, sob a orientação de Carlos Caires e António Sousa Dias.
Estudo sobre Corpos Sonoros, 2024 (5′)
O Encontro Inesperado do Diverso, 2021 (8′)
1.
Peça criada no âmbito do projeto Corpos Sonoros, promovido pelo Projecto DME e Lisboa Incomum. O material sonoro da peça deriva de um conjunto de instrumentos que foram construídos a partir de objetos e materiais descartados. Estes deram origem a um conjunto de instrumentos com mundos tímbricos muito diversos que procurei explorar nesta curta peça. Em alguns momentos, iremos ouvir os instrumentos sem qualquer transformação; noutros, irão surgir instrumentos imaginados a partir dos originais.
2.
Peça livremente inspirada nos escritos de Maria Gabriela Llansol, onde convergem personagens de diferentes épocas e realidades. Interessou-me explorar a interação entre gravações de campo e samples recolhidos numa improvisação feita com um sintetizador modular, modificada através de processos como micromontagem. Formalmente, a peça está organizada em quatro momentos de texturas contrastantes.
mariana-vieira.net | instagram.com/mariana_rmvieira | soundcloud.com/mariana-vieira-147794231
NU NO | A partir do áudio de uma entrevista de Egídio Álvaro a Almada Negreiros no ano de 1968, apresenta-se um acto poético que estabelece um diálogo entre o passado presente e o presente futuro.
Trata-se de reivindicar a invenção do dia claro, o porvir da imaginação, o reencantamento do mundo ainda atravessado por monstruosos pesadelos.
É urgente improvisar o espaço livre, romper a teia do medo , por a língua e os dentes de fora e bater com a orla da mão no tampo da mesa . Restaurar o assombro.
PÁRA TUDO ! PIM !
instagram.com/nunomarquespinto | fullbodymassagerecords1.bandcamp.com/album/r-dio-af-nica | russianlibrary.bandcamp.com/album/nu-no | 8mmrecords.bandcamp.com/album/turva-lingua
TIAGO SOUSA | Na sequência de uma peça gravada no órgão da Igreja da Nossa Senhora do Rosário, com a recente eduição do terceiro volume da série ‘Organic Music Tapes’, Tiago Sousa tocará o órgão da Igreja do Ingleses para apresentar esta peça.
Tiago Sousa tem vindo a postular, de forma paciente, uma obra ao piano e órgão que oscila graciosamente entre a composição contemporânea e o minimalismo. Expressões muito pessoais e minuciosas que iluminam o nosso cânone através de discos como ‘Samsara’, ‘Um Piano Nas Barricadas’ ou ‘Angst’. Particularmente fértil em registos no último par de anos, lançou pela Sucata Tapes os dois primeiros volumes de ‘Organic Music Tapes’ e ‘Ripples on the Surface’ pela Holuzam. Trabalhos onde o órgão assumiu papel determinante, recolhendo inspiração no minimalismo americano de Terry Riley ou Philip Glass para a dotar de uma linguagem viva e sua. A ter aqui novas respirações. Texto Out.ra adaptado].
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Bilhetes à porta no dia dos concertos
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